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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Darwinismo Social e Complexidade

Encontro no meio do artigo de Lúcia Nagib sobre arqueologia na América Latina datado de outubro de 2000 publicado no caderno Mais! da Folha de São Paulo: "(...) como as do darwinismo social, que propunha que as sociedades complexas seriam superiores às simples." (...). 

Independentemente do contexto em que se encontrava a frase, reencontrá-la me impactou:

O que significa essa concepção?
O que é uma sociedade complexa?
Quais os indicadores de complexidade?
O que é complexidade?
O que é mais complexo? Que todos os produtos fabricados com milho encontrados em todas as prateleiras de todos os supermercados utilizem menos de uma dezena de genótipos exatamente iguais da uma dezena (um chute) de variedades transgênicas existentes no mercado hoje? Ou será que é mais complexo o cultivo familiar de milhares de diferentes genótipos refletidos nas centenas de variedades crioulas selecionadas por gerações e gerações de agricultores e agricultoras, cada um desses genótipos adaptados a um microambiente específico, a ser plantado em uma determinada época e que será utilizado para centenas de diferentes finalidades e receitas?
Qual desses dois cenários contém conhecimento mais complexo?
Qual deles necessita de relações interpessoais mais complexas?
Qual deles trabalha em um ambiente natural mais complexo?
Que sociedade, então, segundo o darwinismo social, estaria mais próxima de ser superior?
Mas a ideia de "sociedade superior" também me apavora.
Haveria possibilidade de convivência? 
Como seria isso?

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